15 de janeiro de 2009

Canna em luto

Tá difícil de acreditar.

A gente no dia-a-dia, se acostuma com o risco de andar de bicicleta em SP, de viver nesta merda. Eu acreditava que era possível usar este meio de transporte, mas isso que aconteceu com a Márcia não vai me deixar pedalar tranquilo. Eu não consigo.

Puta que pariu, só Deus sabe porque coisas assim acontecem e peço a Ele que proteja os nossos caminhos, peço que vocês se cuidem no trânsito, pensem que qualquer dia pode ser o último passeio, a última bicicletada, a última vez que vc vê seu pai, sua mãe. Por quê tem que ser assim, POR QUÊ?

Eu perdi uma amiga, um nova amiga e de verdade...é difícil ver uma mensagem na sua caixa de emails de alguém que não está mais aqui!

Sei que é um momento de emoção mas, senti o quanto vocês da bicicletada, que às vezes vejo uma vês por mês e olhe lá, são importantes para mim.

Só consigo pensar na manhã do dia 1º de Janeiro,no nosso encontro ciclístico no centro em que vimos aquele raiar de dia lindo, no topo do prédio. Voltei com ela até o Ipiranga, pedalando pela Avenida Paulista que seria onde ela pedalaria seus últimos metros neste mundo.

Eu não tô legal não. Tô muito confuso e preciso pensar no que realmente importa na vida...isso não foi justo, mas quem sabe de nosso destino é algo superior que não erra - e temos que nos amparar nisso para seguir a vida.

Tchau moça do capacete vermelho.

Canna

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