31 de julho de 2009

Persepolis 2.0

"Na natureza nada se cria, nada desaparece, tudo se transforma", disse Lavoisier.

Corta, cola.

ctrl + c, ctrl + v.

Só que as vezes essa talvez falta de originalidade fica muito boa. Como nesta utilização política dos quadrinhos de Marjane Satrapi.

Os caras pegaram os desenhos dela e criaram um roteiro que denuncia a situação de opressão do povo iraniano sob o regime teocrático instalado quando Marjane era criança.

A Pérsia, que passou a se chamar Iran durante a segunda guerra para se alinhar ao eixo, tem uma das histórias mais longas e ricas do mundo.

Lastimável situação.

Manifestações como essa brilham no fim do túnel.

30 de julho de 2009

Sem palavras



Fala Sílvio!

Atendendo ao seu chamado fiz um desenho.

Quando uma amiga me mostrou que o número 8 representava o infinito, passei um tempão tentando absorver aquilo. A ilustra fala disso, entregar ao outro o conforto de um sentimento eterno, que rompe o tempo-espaço, presente e distante, claro e escuro.

Vamo que vamo!
Abração.

Cabelo. Igual você.





Sem palavras.

Uma imagem pode ir muito além das palavras.

E esse puto nem imagina o que fez, quantos significados estou vendo nesses singelos traços.

Emocionante.

Tudo que sempre quis com esse blog ele conseguiu num único desenho.

Muito obrigado.

29 de julho de 2009

Bicicletada!!!!!!!!!!!!


Essa sexta, faça chuva ou faça trovoada, vamos recriar o espaço público, desfilando nossas encantadoras bicicletas pelas belas e mal aproveitadas ruas paulistanas.

Bicicletada de aniversário. Sete Anos!!

E na sequência terá início o segundo maior espetáculo da terra: a primeiríssima e imperdível fixolimpíada.

Grandes pensamentos que enobrecem a humanidade

Fragmento de carta enviada a uma bela moça que substimou, matemático que sou, minha capacidade de ser humano.



Não sou um matemático normal. Sou muito matemático. O que, na minha nada humilde opinião, me torna menos exato. Mas sou também tantas outras coisas que não sou nada. Prefiro evitar rótulos.

Opiniões estranhas me assustam menos do que lugares comuns. Não sendo algo muito assassino ou muito desconexo tá bom. Se for médio assassino e desconexo eu aceito.




(Cabelo e Meandros, se vocês puderem e quiserem fazer desenhos para ilustrar essa coisa, agradeço)

28 de julho de 2009

O gato de Kirchhoff

Enviado pela Titia Márcia.



1ª Lei de Kirchhoff (lei das correntes, ou lei dos nós) - Num dado nó a soma das correntes que entram é igual à soma das correntes que saem. Ou seja, um nó não acumula carga.



2ª Lei de Kirchhoff (lei das tensões, ou lei das malhas) - A soma algébrica das tensões num percurso fechado é nula.



Exercício: baseado nas leis de Kirchhoff, equacione as figuras abaixo:





Essas fotos são na Índia, mas poderiam ser em alguma esquina bem pertinho da sua casa.

27 de julho de 2009

Dono da rua

"Você é dono de um carro, não da rua"

25 de julho de 2009

Oupss...

Ocorrido na bicicletada de Budapeste, Hungria. Não gosto de dar risadas dos outros caindo. O legal aqui é a cara e a postura da menininha.

23 de julho de 2009

Massa crítica na faixa de pedestres



Essa foi uma das bicicletadas que mais gostei de participar.

Quando chegamos no teatro municipal (palco de uma das provas da fixolimpíada) resolvemos usar a força da massa crítica para obrigar as pessoas a cumprir a lei.

Os pedestres adoraram. Os motoristas ficaram putos. Os caras da cet tentaram intimidar, mas logo puzeram o rabo entre as pernas e se mandaram.

22 de julho de 2009

Irracionalidade urbana

Esse pedaço de chão liso que você vê na foto acima é uma ciclovia de Curitiba.

Poderia haver melhor anúncio para uma placa colocada em lugar tão inteligente?

Não é preciso dizer mais nada. Está clara a razão das nossas cidades.

Mas, se você quiser se aprofundar no assunto, veja este vídeo enviado pelo amigo Gunnar e fuce nos blogs dos amigos Luddista, A Lenda, Pasqua, JP, Meninamalouca, Transporte Ativo e tantos outros.

20 de julho de 2009

Minhas meninas

Apaixonado por bikes como todo brasileiro e num incômodo momento de exposição da minha vida na interneta, apresento minhas magrelas.

Em algum momento que não sei precisar bem, virei um maníaco. Comecei a comprar várias bicicletas usadas. Cada um que me oferecia um ferro velho, fechava negócio. Tá certo que a mais cara custou trezentão. Cada uma com uma característica especial que justificava sua presença. Cheguei a ter nove bicicletas, não cabia mais em lugar nenhum. Tinha uma que dormia no meu quarto. Hoje estou só com quatro.

Até então não entendia as pessoas que reformam carro velho. Agora os respeito.

Essa primeira é minha speed. Se chama Verona, em homenagem ao meu pai (cidade natal da família dele). É uma Raleigh americana que passou por pelo menos quatro pessoas antes de chegar em mim. Fiz a burrada de mandar pintá-la antes de descobrir a história do modelo. Agora só sei dizer que ela é uma Raleigh americana de comoly. É um avião. Muito confortável, exceto pelo trocador na parte de baixo do quadro. Comprei ela do Zé, antes dele fugir pra Suíça.


Essa belezura é minha fixa. Atende pelo belo nome de Vaca. Mais um produto com o selo Canna de qualidade. Ainda não me adaptei muito bem a ela. Faltam alguns ajustes. Falta andar mais, na verdade. É com ela que vou na fixolimpíada. Andar de fixa é um prazer inenarrável.


Reparem no refletor de raio que o Zé me mandou da Zoropa.


As duas são imponentes. Mas quem faz o serviço sujo, quem carrega o peso, enfrenta o dia-a-dia e vai comigo pra Graciosa é a Pretinha, uma Caloi pesada e mal feita que eu adoro.

Tenho ainda uma ceci que está reformando. Pretendo transformá-la para aro 700 e, talvez, fixá-la.

18 de julho de 2009

Girassóis



Trecho do Tour de France entre Vatan e Saint-Fargeau.

Encontrada pela titia Márcia aqui.

17 de julho de 2009

Cicloamor



"Como não pode haver amor entre o metal, a borracha e o asfalto e o concreto, resta ao ciclista ser o maestro e intermediador do cicloamor. Um amor que não se vende e não se compra, apenas ciclicamente, flui."

Pedaço de texto encontrado no blog da TA.

16 de julho de 2009

Idéias, pessoas e idéias

"Idéias não precisam de direitos, pessoas sim". Campanha de uma ong americana em defesa da liberdade de expressão.

E ela tá precisando de gente que a defenda mesmo.

A burrice grassa sobre a terra.

14 de julho de 2009

Seis meses

Foto do Haase.

Hoje completamos seis meses sem nossa amiga.

Seis meses e ainda não recuperei a mesma pegada na bicicleta. Outras coisas influenciaram, mas a verdade é que quase não andei. Ainda tenho mais medo do que o recomendado, o trabalho tá demais e a saúde tem chiado.

Seis meses e já não sinto revolta. Não quero mais matar o infeliz motorista. Não cabe a mim.

Seis meses, seis anos. A falta nunca será preenchida. A bicicleta branca que ajudei a montar de madrugada, bebendo e chorando com o Haase e o Bruns vai ficar sempre lá, mesmo que a tirem.

Vendo este lindo vídeo que fizeram em homenagem a ela, tantas lembranças. Perder violentamente alguém é sempre ruim. Perder violentamente alguém que luta todo dia pela mesma coisa que se escolheu lutar todo dia leva uma parte maior da gente.

Ela moreu como poderia ter sido eu, pela mesma falta de motivos.

A gente pensa que tem mais tempo do que realmente tem. A vida é frágil.

Mas é bela.



Palavras do ps do "epitáfio" da Márcia:

PS: Se eu virar um vegetal, que seja sem aparelhos me mantendo. Se for pra ter seqüelas, não fazer nada. Vida a qualquer preço não vale pra mim.

Se for acidente de bike ou moto, saibam que vou feliz. "viver ou morrer é o de menos [...], ser feliz ou não, questão de talento"...

(Os grifos são meus)



E a trilha sonora do vídeo não podia ser melhor:



Por onde andei
Nando Reis

Desculpe
Estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei
Errado e eu entendo

As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança

Por onde andei?
Enquanto você me procurava
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava...

Amor eu sinto a sua falta
E a falta
é a morte da esperança
Como um dia
Que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança

Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama


Por onde andei?
Enquanto você me procurava
E o que eu te dei
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava..

8 de julho de 2009

A morte do Homem Aranha

Enviada pelo amigo filipino Sueto.

1 de julho de 2009

Contagem regressiva para as Fixolimpíadas

É um evento? É esporte? É brincadeira? É bebedeira? É um protesto? É uma farra?

É tudo isso.

É o segundo maior espetáculo da terra.

E é muito fácil fazer parte.

Maiores informações aqui.