31 de maio de 2009

A caixinha de leite e o google


O amigo Peixoto uma vez me gravou um cd de aniversário. Músicas espontâneas. No meio delas tinha uma do Blur.

Até então, essa banda era só mais uma bandinha inglesa da moda, mas se o Peixoto gravou, vale a pena conhecer melhor.

Na verdade, até hoje não mudei minha opinião. Mas também não posso deixar de dizer que algumas músicas e, principalmente, alguns clipes realmente me agradaram.

Os que mais chamaram a atenção foram o que parodia o Laranja Mecânica e o da caixinha de leite.

Faz uns três anos isso e, não sei porque, hoje deu vontade de revê-los. O primeiro foi fácil de achar, é todo branco, inconfundível. O da caixinha... como vou encontrar?

Orei pra São Google: clip "caixinha de leite" e o primeiro link que me apareceu foi de um fórum onde alguém esteve com a mesma dúvida. Alguns comentários bestas depois, voilà*: coffee and tv. Um clique em imagens e a foto para ilustrar este post.

Quando era jovem, muitos anos atrás, fazer uma pesquisa requeria uma boa biblioteca, muito tempo e clareza do que procurar. Hoje qualquer pensamento solto é "lincado" com outro e com outro e a todo lugar se chega em poucos toques no teclado.

A memória se tornou mais ou menos importante?


*obs: e depois de escrever o texto, fiquei na dúvida se tinha escrito corretamente a palavra francesa voilà. Googlei novamente. Nenhuma dúvida é nova.

22 de maio de 2009

Macaframa



Finalmente descobri o que é Macaframa: é basicamente uma gang de San Francisco que pedala fixas e faz lindos vídeos sobre isso. A grande vantagem é que eles não usam músicas idiótas e têm um senso estético fora do comum para este meio.

Só isso.

E já é tanto.

20 de maio de 2009

Cobra Estúpida e Tapada

A notícia boa é que o igual você voltou. Essa ilustração é de lá.

A notícia ruim é que a homenageada acima continua mordendo o próprio rabo e, pra ser sincero, não tenho grandes esperanças que ela vá deixar de fazer isso.

Tem gente que é aficcionada pelo próprio umbigo. Tem gente que gosta do próprio rabo. Vai entender.

19 de maio de 2009

O lado brilhante dos meus alunos



Quando gastei seis horas pra preparar uma prova mega elaborada para o segundo ano, pensei que tinha perdido meu tempo. Não podia desonrar minha palavra: se falei que ia cair o Dark Side of the Moon entre logarítimos e exponenciais, o Dark Side of the Moon entre logarítimos e exponenciais cairia.

Mas a prova em si tinha ficado difícil. Não foi só a questão sobre o disco, que afinal era extra, que ficou elaborada. Será que eles iriam chegar até o fim e responder minha querida questão?

E quando o Zé me perguntou "qual é a resposta certa?", danou tudo. Eu não sabia exatamente o que seria uma resposta certa para algo tão amplo. Não sabia o que esperar. Não sabia se eles perderiam tempo com isso.

E eles perderam! Ou melhor, ganharam.

A vida não é previsível e às vezes me parece uma grande besteira se preocupar com o que virá. Me diverti muito com as respostas. Dos trinta e dois alunos, quatorze deram respostas boas, sete deram respostas quase boas, dois escreveram coisas desconexas e apenas oito nem tentaram.

Não houve correlação entre respostas boas e notas finais boas. O que mostra que esta questão extra ajudou a melhorar a nota de gente que não foi tão bem na matemática, mas se esforçou para respondê-la.

Alguns alunos me autorizaram a publicar suas respostas.

Exemplos de respostas boas, que conquistaram o ponto completo:

Para resolvermos um problema matemático, passamos por várias fases, como a lua. Primeiro analisamos os problemas (que no caso seria o lado escuro) até chegarmos ao final, a conclusão do problema (que seria quando a Lua se ilumina), ou seja, primeiro passamos pela fase sombria de um problema matemático até chegar à luz, que é a resolução.

Letícia, 2,5. Muito criativa.


Relacionei o lado escuro da Lua (aquilo que é desconhecido) com a incógnita das contas que fazemos. Um processo onde a idéia principal é descobrir o desconhecido. Essa idéia da divisão das cores é como se de um lado eles jogassem a vida (luz branca) e o disco, as músicas e os músicos separassem a vida em partes como o amor, a morte e etc... (você esqueceu do dinheiro)...
Que bosta, faltou tempo, mas valeu! Nunca tinha percebido e olhado este cd por este lado que você mostrou. Pra mim era só uma capa idiota!!!

Gabriel, 10,0. Guitarrista e nota dez em todas as minhas provas. Se não respondesse, apanhava.

E de respostas que não pontuaram, mas fugiram por caminhos criativos:

Meu caro professor, além de minha idéia sobre esse disco ser indecifrável, incalculável, indefinido, ou seja, não teria uma resposta lógica. Mas como está na prova vou colocar uma visão que não acho coerente, mas me bonificará com um ponto. A figura da capa está relacionada à síntese, que ao passar pelo prisma a luz se expande provocando assim um aumento em seu tamanho e permite a visibilidade de algumas cores, porque a síntese consiste em juntar várias informações para obter novas. Ou seja, após ouvir o álbum você abrirá sua mente para novas idéias e novas maneiras de ver a vida com outros olhos.

Henrique, 2,5. Apesar da criatividade, ganhar um ponto não justivica abrir mão do que acreditamos. Meio ponto para o enrolão.


O lado escuro da vida e o problema matemático são coisas que um dia alguém irá desvendar e entender. Enquanto isso eu fico de recuperação de matemática.

Laura, 2,0. Disse que eu sou o professor que ela mais gosta, "mas quando começo a falar dessas coisas, dá um sooooono". Recuperação.


E pra finalizar, uma grande reflexão sobre educação vinda de pessoas que não têm nada a ver com a área. Ou têm?

We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall.

18 de maio de 2009

11 de maio de 2009

Louisville

Nomes: Melissa e Seed

Vizinhança: Old Louisville
Há quanto tempo em Louisville? 8 anos
Por que Louisville? It rules! (Desculpem, não sei como - e não quero - traduzir isso)
Por que pedalar? Para ser livre
Que ruas vocês costumam pedalar? Todas.


Motivado pelo falecimento de uma cidadã que se locomovia de bicicleta e foi atropelada e na tentativa de contribuir para a construção de uma convivência harmoniosa, o blog Louisville on two wheels homenageia mortos e vivos que escolheram pedalar para se locomover.

Mais ou menos na linha desse cara, além de fotografar ciclistas no seu dia a dia, ainda fazem um pequeno e simpático perfil deles.

"Esse é um lugar que chamamos casa... um lugar para a paz"

10 de maio de 2009

Pedalar até a morte

Encontrado em outro contexto no Maglia Rosa.

8 de maio de 2009

Pai e filha


E pra encerrar a semana Laércio, mais uma animação indicada por ele.

7 de maio de 2009

A pequena casa em cubos

"Um relato de uma sensibilidade mágica". Concordo plenamente. Tocante, esta animação de Kunio Kato reflete sobre o tempo, a vida, o amor, a morte, etc... (ei, já escrevi isso em algum lugar).

Mais uma dica do amigo Laércio.

6 de maio de 2009

4 de maio de 2009

Tiras do Sabiá

Ainda não sei quem é esse Tiago Nepomuceno, mas ele mantém um site com tirinhas diárias muito interessantes. Desenho simples, não muito original, mas a simplicidade do humor é também o ponto alto. As tirinhas são quase charges.

Só espero não ter conhecido mais um desenhista as vésperas dele parar pra descansar.

Dica do generoso amigo Sueto.

2 de maio de 2009

As cidades que queremos

Foto do em Basiléia

Vídeo [aqui depois aqui] que me chegou voando sobre cidades que incluíram a bicicleta. Os exemplos clássicos: Amsterdã, Copenhague, Bogotá (ainda que não falaram de Paris).

A idéia principal é muito forte: construir cidades para ciclistas e pedestres não é um luxo. É um compromisso de uma cidade democrática. Se movimentar com uma bicicleta continua sendo uma expressão de liberdade. Construir infraestrutura para bicicletas impede que a cidade seja propriedade dos donos de automóveis e permite que ela seja compartilhada por todos, inclusive idosos, portadores de deficiência e, principalmente, crianças.

E como bem disse Enrique Peñalosa: o vidro dos automóveis separa as pessoas. A bicicleta integra.