28 de novembro de 2008

Subindo

A amiga cantora Débora gostou de contribuir com desafios. Depois do retumbante sucesso do primeiro, fez questão de enviar mais esse:


Uma escada tem 1000 degraus. Você pode subi-la de um em um degrau, de dois em dois ou alternando esses dois modos da maneira que quiser. De quantas maneiras diferentes você pode subir a escada?


Mil degraus. Poderiam ser só oito, ou cinco, tanto faz. Descartes usava essa tática de criar números grandes para impedir o cálculo direto, obrigando as pessoas a buscar a lógica do problema.

Aliás, esse problema tem a ver com o problema do bêbado de Pascal? E com o triângulo de Pascal?

Nunca dei tantas dicas na minha vida. Embora a maioria esteja errada. Respostas? Ah, te vira!!!! Me conheceu hoje????



PS: se você gosta de desafios, o blog idéias cretinas apresenta um paradoxo por sexta-feira. Vale a pena.

Apêndice: Pascal tem uma criativa, famosa e falha argumentação para justificar a crença em deus. Não concordo com este link da wikipedia, mas ele serve para apresentar a questão.

26 de novembro de 2008

Bicicleta da união



O carro degrada e segrega, já a bicicletada recupera e congrega. Por isso a Bicicletada Paulistana de Novembro visa celebrar a União. A união entre seres humanos, entre os povos. Diminuindo a distância entre as pessoas e a cidade, uma distância essa que só tem aumentado devido ao uso abusivo dos carros.

O local? O mesmo de sempre, Praça (já regulamentada mas ainda não sinalizada) do Ciclista, que fica no canteiro central da Avenida Paulista, entre as ruas da Consolação e Bela Cintra.

O horário? O mesmo de sempre, concentração a partir das 18:00 e saída as 20:00.

O trajeto? Como sempre decidido na hora, mas dessa vez, tudo leva a crer que o caminho escolhido é o que leva as pessoas ao altar.

Apareça e confira, em caso de chuva a Bicicletada esta automaticamente CONFIRMADA, pois casório com chuva dá mais sorte ainda.

24 de novembro de 2008

"Qualquer coisa boa demais para ser verdade é boa demais para ser verdade"




Diálogo com uma pessoa muito querida:


TAL: e o que é matéria escura?

EU: é uma coisa que os físicos e astrofísicos tão torcendo pra que realmente exista no universo, senão eles estão fodidos.

TAL: ah bom! agora eu entendi.

EU: hehehehehe. Pelos cálculos dos caras existe muito mais matéria no universo do que eles conseguem detectar. Muuuuuito mais matéria. Tipo, a matéria que conhecemos é algo em torno de 10% do que deveria existir. Então temos duas possibilidades: ou existe uma matéria ainda não detectada e toda a teoria físico-matemática está certa, ou o que tem de matéria é isso ai mesmo e fodeo, não sabemos nada.

TAL: rs ... isso é tipo the dark side of the matter?

EU: é!!!!!!

TAL: se o que tiver é isso aí.. então a teoria física matemática está toda errada e nós somos um bando de loucos!? e o mundo vai acabar?

EU: não, o mundo ainda não vai acabar.

TAL: droga saco.


Esse diálogo foi motivado pela matéria do editor de ciências da folha neste domingo. (Já falei que sou fã deste cara?). Infelizmente o link só pode ser acessado por assinantes.

23 de novembro de 2008

Vá a pé, mas com cuidado!

É com orgulho que recebo e publico o texto abaixo. Foi escrito espontânea e especialmente para este blog por meu brimo Marcel, que julga não ter perna suficiente pra pedalar, mas que costuma andar bastante e ter um olhar bastante atento e bem humorado sobre tudo. Valeu Marça, sucesso!

Entrar no trabalho às cinco da manhã tem lá suas vantagens. Às duas e meia da tarde já estava com a mochila nas costas, pronto para o tão esperado regresso. Não estava sol, mas nem precisava. O fim do expediente me motiva de maneira extraordinária.

Com toda essa alegria decidi: “De noite, em vez de ônibus, vou a pé até o metrô para ver o show de punk rock no Hangar”. Um horinha de caminhada ia me fazer bem, nada melhor para uma sessão de introspecção. Além disso, fugiria do estresse do busão e do trânsito da sexta-feira.

Para fazer o warm up pro show, liguei meu MP3 Player (desculpe, sem dinheiro para um Ipod) no talo. Muito ska-core com Less Than Jake e Reel Bigh Fish. Porém, enorme foi a surpresa de que seria mais relaxante ir ao metrô com o Palio 98 do meu irmão.

Em 53 minutos quase fui atropelado quatro vezes. Primeiro um carro passou pelo vermelho, assim, sem pudor. O outro quase fez a mesma coisa, mas faltou coragem. Parou na faixa de pedestres. Quando percebeu que estava atrapalhando a passagem, decidiu dar a ré, mas não me viu passando por trás de seu Audi A3. Quase o árabe aqui virou tabule amassado.

Com as motos a coisa é mais repentina. Uma delas simplesmente pegou a contramão, percebendo que o fiscal da CET preferia conversar com a moça bonita, atendente do bar. O outro motoboy quase me mandou para o hospital por um motivo mais nobre. Subiu na calçada para entregar duas pizzas. Justo não?

Dizem que nos EUA, Canadá e na Europa é só colocar o pé na rua que os carros param. É lindo, mas utópico por aqui. Não precisamos de tudo isso. Bastava que carros (qualquer veículo, sejam carros, motos, caminhões) e pedestres sigam certas regrinhas básicas:

-Carros: Andem nas ruas, respeitem as sinalizações, as faixas e o semáforo. Sinal amarelo significa REDUZA e não AUMENTE, e sinal vermelho significa PARE e não PISA FUNDO QUE AINDA DÁ TEMPO!

-Pedestres: Andem nas calçadas, atravessem na faixa e também prestem atenção no semáforo. Nada de correr no vermelho e depois culpar os carros.

Tão difícil assim? Ontem me pareceu.

21 de novembro de 2008

Mandamentos da baixa velocidade

Três dias depois que escrevi sobre o slow ride o Pedaleiro mandou pra lista da bicicletada essa tradução dos mandamentos da baixa velocidade. Não sei se foi ele que traduziu. De qualquer forma, é útil. A ilustração é linda.

O último mandamento é uma tentação contra a qual lutei por muito tempo, mas agora me rendi convictamente. As luvas e o capacete já me salvaram e roupas horrorosas de lycra e dry fit são a melhor coisa que há para controlar bem a temperatura. E pedalar bem climatizado é fundamental para o conforto e a saúde.

Mas ainda serei chique que nem o Akira.




Movimento das Bicicletas Lentas - Estilo acima da Velocidade.

1. Escolho ser um ciclista lento e irei pedalar em um ritmo agradável. Pedalarei de uma maneira tranqüila e casual, aproveitando a viagem e o ambiente pelo qual estou passando.

2. Estou ciente de que a minha simples presença na paisagem urbana irá inspirar outros.

3. Irei pedalar nos meus deslocamentos diários, incluindo ir ao trabalho, as compras e restaurantes.

4. Irei me vestir com roupas adequadas ao meu local de destino. Posso ir até mais bem vestido por estar de bicicleta.

5. Irei personalizar minha bicicleta de acordo com os padrões da cultura ciclística e minhas necessidades pessoais. Alguns ítens podem ser, protetor de corrente, descanso, paralamas, buzina, uma cestinha ou bagageiro.

6. Irei respeitar as leis de trânsito.

7. Irei pedalar com graça, dignidade e boas maneiras. Darei preferência aos pedestres nas ciclovias e cruzamentos com um sorriso no rosto e irei também agradecer aos motoristas quando eles derem preferência a mim.

8. Eu sei que pedalar é uma excelente oportunidade para praticar pequenas civilidades, socializar com a amigos e espalhar felicidade aleatoriamente para desconhecidos. Sendo assim irei comprimentar pessoas aleatoriamente na rua.

9. Irei resistir a usar “vestimentas de ciclista” - sendo a única exceção um capacete, caso, no exercício da minha liberdade de escolha, eu queira usar um.

18 de novembro de 2008

Sustentabilidade?????

A demografia, ou seja, o estudo das populações naturais, é um dos temas centrais da ciência fascinante, mas tão mal compreendida, que é a ecologia. A ecologia é a ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com seu ambiente. Tem sido confundida com uma de suas aplicações, ou seja, os problemas ambientais. Mas há hoje uma forte ecologia acadêmica no Brasil, uma das melhores do Mundo, com muitos excelentes profissionais. Por que raramente se chama algum deles para avaliar a verdadeira sustentabilidade de alguma coisa, antes de se sair dizendo por aí que é sustentável? De um ponto de vista otimista, talvez seja por desconhecimento de que há por aí gente capacitada a avaliar essas coisas. De um ponto de vista mais pessimista, também pode ser porque quem diz, no fundo, muitas vezes não está interessado na resposta.

Mais um texto do Fernando Fernandez no O Eco.

Oriente

O texto que indiquei do blog idéias cretinas mexeu com os brios do meu amigo Zé. Apesar de não concordar que os caras ofenderam os árabes e nem concordar com tudo que o Zé escreveu, publico aqui a resposta dele.

Para os interessados na questão, além dos links presentes no texto, recomendo duas obras de referência: Palestina uma nação ocupada, de Joe Sacco e Persépolis, de Marjane Satrapi.




O que o autor do comentário faz tem sido repetido há muito tempo, desde a época de Alexandre Magno quando quem fazia as regras eram os helenos, e todo o resto do mundo que não falasse heleno (grego) era colocado no mesmo saco de gato com a etiqueta de bárbaros; politica habilmente assimilada pelos romanos, e é nesses dois povos que se inspiram grande parte de nossas idéias e ideais.

Um grande autor sobre o tema e que me introduziu este assunto foi Edward Said, critico político, teórico literário, intelectual, foi professor de inglês e literatura comparada na Universidade da Columbia Britânica e uma figura importante na elaboração da teoria pós-colonial. Seu livro mais importante, de onde tiro subsídios para minha crítica, chama-se Orientalismo. Essa longa porém necessária caracterização do autor achei bastante relevante, porque ele era uma pessoa extremamente educada e culta, com uma lucidez de raciocínio incrível e defendia as questões do oriente sem paixão fervorosa e irracional que nos é dada incessantemente de exemplo pelos veículos de informação e seus condutores quando a questão procede de além-Leste dos Montes Urais ou a Sul do Mediterrâneo.

A questão central do livro é a criação do "oriente" pelos "ocidentais". O oriente sempre foi tratado como uma região mística onde vivem povos menos avançados com costumes estranhos. Nossa visão do oriente é completamente distorcida e baseada em informações criadas por ocidentais, indiciada com 'Lawrence da Arabia', 'Salambô' de Flaubert e 'Divã Oriental' de Goethe. E o mais absurdo desta orientalização do oriente é que informação nova passou a ser criada com base não mais no oriente, e sim na informação já produzida sobre o tema por ocidentais.

Não vou me demorar em detalhes, pois posso ser equivocadamente confundido com um apaixonado pelo tema, quando na verdade apenas defendo minha discordância da postura do autor do texto do blog. Como no texto, os orientais são muitas vezes tratados como um coletivo. Sempre se refere a eles no plural: 'os fundamentalistas', 'os muçulmanos', 'os chineses', 'a minoria curda'. Contextualizando o tema, é tão errado como dizer 'os paulistanos', 'os corinthianos', 'os caipiras', atribuindo característica ao grupo como um todo, e sabemos muito bem que essa atribuição de característica é no melhor dos casos feita com pena inferiorizante, podendo chegar a discriminação preconceituosa.

Meu segundo ponto de desacordo é com o uso do termo 'fundamentalismo'. O principio do fundamentalismo é o retorno as tendências e conceitos originais, ou seja, remover todas as distorções e modificações sofridas ao longo do desenvolvimento e da história. Ouvir música em vitrola é fundamentalismo. Ter um visual retrô é fundamentalismo. Fazer seu próprio iogurte em casa é fundamentalismo. Cozinhar em fogão à lenha, ou mesmo fazer churrasco com carvão é fundamentalismo. Andar em bicicleta sem marcha ou de roda-fixa é fundamentalismo.

Todas religiões tem como mensagem central o amor ao próximo. O que aconteceu com os 'fundamentalistas islâmicos' pode ter acontecido de duas formas. Ou pessoas sem tolerância religiosa e extremistas se intitularam equivocadamente fundamentalistas, ou o equivoco veio de algum repórter que usou mal o termo para descrevê-los e esse 'neologismo' percolou toda(s) a(s) sociedade(s). Pessoalmente, acredito mais na segunda opção, visto que um 'atentado' suicida a um alvo militar americano no Iraque é hoje chamado de terrorismo, e há 50 anos um piloto japonês que usava o avião como míssil contra um navio era um kamikaze patriota.

Finalmente chego ao terceiro ponto, que é de caráter lógico. O autor comete uma falácia indutiva comparando atitudes de Richard Dawkins e fundamentalistas religiosos. Richard Dawkins, por menos que o conheçamos (como é meu caso), é uma pessoa com identidade e idéias acessíveis. É muito fácil escrever seu nome no google e obter alguma informação sobre ele, veiculada por ele. Já os fundamentalistas religiosos são extremamente alheios ao nosso universo cultural e cotidiano, eu duvido muito que alguém, que ler meu texto ou que leu o texto que critico tenha conhecido pessoalmente algum e escutado ou lido suas idéias sem intermediários. Não obstante, a falácia indutiva do autor expõe o suposto comportamento reativo de fundamentalistas religiosos ao serem questionados sobre suas idéias e usa essa suposição como verdade em que baseei a linha de raciocínio.

Um exemplo dessa linha falaciosa de raciocínio seria este: Os morcegos que são negros e são animais noturnos; as corujas, que também são negras, são animais noturnos; logo, as raposas não são animais noturnos, pois tem coloração amarronzada. Talvez você nunca tenha visto um morcego e uma coruja, ou todos os morcegos e todas as corujas, mas meu raciocínio te induz a concordar comigo que são animais negros e isso é pressuposto para a continuidade da linha de raciocínio.

Acho o tipo de trabalho de Richard Dawkins muito importante, como foi também o de Carl Sagan e Edward Said, entre outros, desmistificando idéias tidas ou impostas como verdades absolutas, e fazendo-o de forma clara e com embasamento. A idéia do autor foi sem dúvida defender Dawkins, mas acredito que ele o fez por caminho espinhoso e pedregoso, utilizando de um ataque infundado para sua argumentação. A segregação precisa dar lugar a diversidade. O mundo precisa de mais amor, compreensão, tolerância e compaixão.

16 de novembro de 2008

Primeiro desafio: abertos ou fechados?

Ok, com a ajuda da amiga cantora Débora, eis que surge o primeiro desafio matemático. Até que enfim!

Óbvio que não vou dar a resposta. Quem me conhece sabe que eu NUNCA, JAMAIS, NEM SOB TORTURA cometo essa maldade. Jamais estragaria a tua graça de tentar e tentar e tentar até conseguir. Dicas (poucas), dúvidas (muitas) e sugestões (sempre bem vindas) através dos comentários.


Saber as respostas não é importante. As perguntas nunca são as mesmas


Voilá:

Mil armários estão enfileirados e numerados (1, 2, 3, 4, ...), mil alunos também numerados de 1 a 1000, começam a seguinte brincadeira: o 1º aluno passa por todos os armários (que inicialmente estavam fechados) e abre suas portas; o 2º aluno passa por todos os armários e inverte as posições das portas 2, 4, 6, 8, ...; o 3º aluno passa por todos os armários e inverte as posições das portas 3, 6, 9, 12, ... E assim sucessivamente, isto é, cada aluno que passa inverte as posições dos armários que têm números múltiplos do seu próprio número. Após os mil alunos passarem, quantos armários permanecem abertos?

14 de novembro de 2008

Pro dia do casamento


Pro Tokinho casar em paz. E vamos fazer essa bicicletada do sim!!!

Imagem de não sei quem enviada pela Carol Krueger.

10 de novembro de 2008

Viva a veemência

Faz mais de ano que tento, sem sucesso, manter um blog que trate principalmente de matemática e de questões relacionadas à ciência e ao ensino. Só que essa porra só foi engrenar agora, quando resolvi dar liberdade a minha outra paixão: bicicletas!

(Engraçado constatar que nesta forma de contato com o mundo o corpo fluiu melhor que a mente)

Tudo bem, vá lá.

Eis que neste final de semana meus dois mentores bloguísticos publicaram coisas que me chamaram de volta às origens. Primeiro o Marcelo Leite escreveu sobre George Monbiot na coluna dele na folha (ainda não tá no blog porque o cara tá viajando). Hoje o Idéias Antigas fez o precioso serviço de me apresentar o Idéias Cretinas.

É o blog que eu queria escrever. Sem mais rasgação para o momento, me permito apenas copiar e colar alguns trechos onde se defende a postura do Richard Dawkins, que está se aposentando.

"Digamos que você discorde de um muçulmano fundamentalista. Ele vai se achar no direito de matar você, perseguir sua família, depredar sua propriedade.

Digamos que você discorde de um cristão fundamentalista. Ele também vai se achar no direito de matar você, perseguir sua família, etc, ou, se vocês viverem numa democracia ocidental com polícia por perto (como os EUA, digamos) talvez se limite a sentir uma profunda satisfação por saber que você vai arder no inferno e seus filhos e netos serão amaldiçoados.

Digamos que você discorde de Richard Dawkins. Ele vai se achar no direito de escrever um artigo (ou livro) tirando sarro da sua cara.

Sou só eu que noto a diferença?"


E quando alguém falar que sou radical ou arrogante vou responder com todo o orgulho: nada disso, sou apenas veemente.


"Finalizando, veemência não é dogmatismo (ou fundamentalismo). Um homem veemente pode estar convicto de que tem os melhores argumentos sobre uma questão e apresentá-los de modo contundente, e ainda assim ter a honestidade intelectual de mudar de idéia, quando a evidência tornar isso necessário.

Já um homem dogmático (ou fundamentalista) simplesmente ignora a evidência em contrário, transforma-a em “heresia” ou, se tiver uma veia poética, disfarça-a como “mistério”.

De novo: sou só eu que noto a diferença?"



8 de novembro de 2008

Vasco da Gama tua fama assim se fez


Pedaço do texto do José Geraldo Couto na folha de hoje. Aprendi a odiar loucamente o Vasco da Gama, culpa do Eurico Miranda. Hoje torço loucamente para que ele não caia pra segunda divisão.



Surgido na época em que imperavam o elitismo e o preconceito, o Vasco da Gama foi decisivo no processo de popularização do futebol, abrindo suas fileiras para os jogadores negros e mestiços, acelerando a profissionalização do esporte.
Um dos recursos baixos que os clubes de elite cariocas lançaram mão para tentar excluir o Vasco de sua liga e de seus torneios foi estabelecer a exigência de um grande estádio próprio para os clubes participantes.
Com grande esforço e tenacidade, a colônia portuguesa no Rio de Janeiro fez uma "vaquinha", mobilizou gente de todas as classes, sobretudo das mais populares, e construiu em menos de um ano o estádio de São Januário, que foi inaugurado em 1927. Até a construção do Pacaembu, em 1940, foi o maior do país.
O Vasco tem em sua história personagens trágicos como Barbosa, dramáticos como Edmundo, picarescos como Romário. É um patrimônio esportivo, cultural e afetivo do povo carioca e brasileiro, cantado em prosa e verso por Aldir Blanc, Paulinho da Viola, Luiz Melodia. Por isso, amigos, "vamos todos cantar de coração: a cruz de Malta é o meu pendão".


O Dinamite é uma das minhas primeiras referências de seleção brasileira. Um jogador com esse nome certamente foi pensado para o público infantil.

6 de novembro de 2008

Teatro de rua


Já que reclamamos a rua, que tal curtir uma boa peça em plena praça da República?

3 de novembro de 2008

Triste otimismo ou incrível insanidade coletiva?

Conversa recente no msn. Sábias sabidurias do José.


Eu - Hoje não foi um dia bom, não fiz nada de útil.
Zé - Mas pelo menos não foi atropelado. Todo dia que não somos atropelados é um dia bom. E ótimos são os dias que quase somos atropelados.
Eu - Ótimos??? Como assim, por que esses dias são ótimos?
Zé - Porque você só sente realmente que não foi atropelado quando você é quase atropelado.


Zé - Hoje pedalei com ela [1812 Overture de Tchaikovsky], e com Beethoven, o barbeiro de Sevilha, Chopin... foi sensacional.
Eu - Hehehe... preciso fazer mais isso.
Zé - Hum, mas acho que no trânsito de SP precisamos dos 4 sentidos funcionando bem.
Eu - Qual você dispensou?
Zé - O tato. Esse vc só usa quando da merda...


Jênio!!!!!


Caracú com ovo. Primeiro Dia Internacional Chico Bacon.

Conferência de bicicletas

Não estava sabendo e não me empolguei quando soube, mas vai haver uma grande mega super conferência internacional de mobilidade por bicicleta em Brasília, entre os dias 12 e 15 próximos.

Parece que meus amigos Ciclo BR e Apocalipse Motorizado estarão presentes. (Será que eles vão pedalando até lá?)

O curioso e indignante é que não há nenhum apoio de fabricantes de bicicleta ao evento. NADA!!! Como isso pode não interessar a eles? Será que são tão míopes ou será que mais gente andando de bicicleta não significa mais gente comprando bicicletas?