“O argumento de que precisamos conservar espécies porque elas podem ser úteis é um argumento ao qual falta alma. É sensato, é verdadeiro, mas não tem espírito, não tem dimensão humana. É o argumento dos tecnocratas. Nós não conservamos concertos de Mozart, pinturas de Monet e catedrais medievais por que eles são úteis. Nós os conservamos porque eles são bonitos e enriquecem nossas vidas.”
Encontrei essa citação de John Lawton na coluna deste mês do Fernando Fernandez no O Eco.
Durante algum tempo da minha vida convivi muito proximamente com biólogos. Acompanhei de perto trabalhos em diversas áreas, principalmente na área de conservação, e aprendi muito. Eles adoram ter um matemático por perto, por mais inútil que ele seja.
Desde que me lembro por gente me sinto um ecologista. Quando minha avó me mandava apagar as luzes que estavam acesas a toa e verificar se tinha alguma torneira vazando ela estava me ensinando muito mais do que nós dois podíamos perceber. E o Greenpeace começou a fazer barulho bem quando eu ainda era criança. Achava o máximo aqueles malucos atirando o próprio navio encima dos baleeiros.
O Fernando Fernandez escreveu um livro chamado"poema imperfeito". Para quem quer saber mais sobre conservação, ecologia, evolução ou simplesmente aumentar o diâmetro da sua cabeça com essas coisas fora de moda, vale muito a pena. Muito mesmo.
14 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Entre matar agora, e conservar as espécies para matar no futuro, quando forem uteis, qual a diferença?
É isso ae, rapaz.
Abraço!
Hahahahaha, genial.
Isso torna o argumento da utilidade mais egoísta ainda.
Postar um comentário