Reproduzo abaixo a argumentação do Rodrigo Fieira, que assino embaixo.
Sou favorável a tudo que visa aprimorar o ciclismo e a ciclística, tudo que vêm tornar o esporte mais rápido, mais dinâmico, mais competitivo, e mais seguro. Não fosse assim estaríamos competindo usando quadros de ferro, firma-pé, pneus com câmera, sem marchas, e sem capacete.
Mas, na minha opinião, o rádio não ajuda em nada disso. Ao contrário. O rádio torna as provas mais lentas, menos dinâmicas e menos competitivas. Quanto a segurança, não sei se hoje é mais seguro do que no tempo do Eddy por causa deles. Não reconheço como ajudam nesse ponto.
Ficam mais lentas, menos dinâmicas e menos competitivas pois, em etapas onde figuram na fuga ciclistas com muito atraso, estamos cansados de ver o pelotão deixar de trabalhar pra se cansar menos, permitindo a vitória da fuga. Ou em provas onde o pelotão só vai administrando a distância sem impor ritmo, fazendo verdadeiros passeios ciclísticos, ninguém ataca.
Está tudo muito controlado, muito fácil. Com exceções, ninguém ataca mais que o necessário e o pior, se não é necessário ninguém ataca (os poucos que deram alguma graça estavam encerados…).
Sinceramente, acho que isso não é voltar atrás pois não influencia diretamente naquilo que sempre existiu: homens, bicicletas e equipe de apoio. A eletrônica deveria ficar onde sempre esteve: fora do ciclismo (claro que isso não se aplica a coisas que não influenciam em resultados, como por exemplo os ciclocomputadores).
Mas duvido que isso aconteça, é muito mais cômodo pra todas as equipes. A choradeira iria ser muito grande. Eles jamais admititiam voltar ao tempo do bilhetinho.
Abraço!
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