
Em alguma das listas de email que faço parte, alguém mandou dois vídeos totalmente fora do assunto. O primeiro quase me fez vomitar. O segundo me fez entender um pouco do que se trata e me deixou com uma vontadezinha bem pequena de fazer algo vagamente similar.
Tratam-se de dois vídeos com imagens e entrevistas do escalador americano Dan Osman.
Sempre admirei escalada, mas nunca tive coragem de chegar perto. O contato com a natureza, o desafio, a preparação física, o convívio com seus próprios limites, as paisagens e as viagens sempre me atrairam. Na verdade, nem sei por quê nunca experimentei.
Mas uma coisa que é difícil de entender, principalmente para quem nunca fez algo parecido, é por que alguém arrisca tanto a vida?
Existem equipamentos e procedimentos de segurança que diminuem muito o risco. Praticamente ele só existe se não se segue as normas. Mas sempre, em qualquer atividade que envolva risco e adrenalina, como o trapézio, a bicicleta ou os jogos de azar, parece que as pessoas se enfadam do controle e precisam sentir aquele medo de que alguma coisa ainda pode dar errado.
É o vício em adrenalina.
Como com qualquer outra droga, o indivíduo dependente precisa de doses mais altas para sentir prazer. E Dan Osman, que foi um dos escaladores mais técnicos e admirados de todos os tempos, morreu disso. A auto confiança ou a perda da capacidade de avaliar o levaram a cometer um erro imbecil, interrompendo uma carreira brilhante e deixando mulher e filha desamparadas.
Valeu a pena? Só perguntando pra ele.