1 de setembro de 2009

Ocupação do solo

Menos carros, muito mais bicicletas.

Isso ai que você vê na foto são 42 bicicletas dobráveis ocupando uma única vaga de carro. É como se um ônibus ocupasse a vaga de um veículo individual, com a vantagem de gastar absolutamente nada de combustível (e ser muito mais divertido).

Uma coisa que quase nunca aparece nas discussões sobre o trânsito e o espaço ocupado pelos carros na nossa sociedade é a impermeabilização do solo.

Além do custo ambiental para a construção, além dos resíduos gerados na utilização, além do custo da infra-estrutura, além do espalhamento das cidades, além da... a necessidade de milhões de vagas para estacionamento impermeabilizam pelo menos milhões vezes 6 metros quadrados de solo.

Pode trocar toda a rede de esgoto, pode canalizar todos os rios da cidade. Se a água não penetra o solo, não tem jeito, vai tudo direto pro rio e ele revida.

Se o problema fosse só as enchentes...

Essa água que escorre e não é absorvida não alimenta os lençóis freáticos. E como os lençóis são de fundamental importância para o nosso abastecimento de água doce, é melhor você parar de tomar banho. Ou parar de beber água. Você escolhe.

Se o problema fosse só a falta d'água...

Os raios de Sol que batem no concreto são devolvidos quase que instantaneamente para a atmosfera. A maior parte na forma de radiação infra-vermelha, que percebemos na forma de calor.

Uma árvore absorve os mesmos raios e usa essa energia no seu metabolismo. A respiração dela regula a umidade do ar e ajuda a manter a temperatura mais homogênea durante o dia. Ela não devolve a água e o calor imediatamente, vai soltando-os aos poucos.

A grama ou qualquer outro vegetal também faz isso e não é a toa que São Paulo deixou de ser a cidade da garoa para se tornar um deserto cinzento.

Se o problema fosse só... bem, é melhor parar por aqui.

Mas fica a sugestão: quebre um metro de concreto e plante um metro de qualquer coisa. O espaço a tua volta agradece.



Essa foto motivadora foi encontrada no Maglia Rosa. Se você se interessou pelo tema, recomendo
que leia O Eco (principalmente as colunas do Fernando Fernandez) e procure saber mais sobre jardinagem libertária (ou aqui).

Nenhum comentário: